Capacete Scage
Zoe
Produto Otimização Estrutural
Movimento e liberdade podem correr de mãos dadas com conforto e segurança.
A ciência, a tecnologia e a imaginação se unem nesse projeto para gerar uma solução visionária.

Maurício Paranhos é um Neurologista residente em Campinas, baterista amante de Rock. Ao longo de 20 anos acompanhando pacientes vítimas de traumas sofridos principalmente por acidentes de moto, reparou em uma contradição: pessoas que chegavam no PS com graves danos cranianos, por vezes com exposição de massa cefálica, sobreviviam, enquanto outras sem nenhum dano aparente vinham a falecer por conta de danos internos às vezes muito mais sutis.
Aprofundando a pesquisa tanto dos danos clínicos quanto da solução de proteção oferecida pelos capacetes, ele concluiu que a principal causa de morte está relacionada com a rotação brusca do crânio, gerada pelo torque oferecido pelo tamanho excessivo dos capacetes usuais de mercado. Além desse fator, somam-se dois outros que ficaram evidenciados na pesquisa:
- A maior parte dos capacetes disponíveis é baseada em um projeto da década de 40, que propõe uma camada simples de isopor para absorção de impacto, ineficaz em velocidades de impacto maiores que 20 km/h.
- Os testes de segurança da norma apenas medem o impacto na parte superior do capacete, utilizando um modelo de cabeça que não simula adequadamente a geometria natural do crânio humano. Estes testes ignoram a realidade das forças que ocorrem num acidente típico, permitindo que sejam colocados no mercado produtos relativamente inúteis.


O processo de desenvolvimento envolveu uma pesquisa com lojistas de motocicleta em diferentes segmentos de mercado, bem como entre usuários. Foram desmontados diversos capacetes para avaliação de soluções estruturais, e digitalizamos em 3D uma cabeça média real, para termos a certeza de que os modelos matemáticos seriam fiéis. Também modelos a cabeça de prova dos testes da norma a fim de avaliar como é sua adaptação no mundo real.

Cabeças Dummy para testes da norma têm pouco a ver com cabeças humanas reais
O projeto do capacete Scage, que tem como base a patente de Maurício Paranhos e visa equacionar os problemas dos produtos atuais. Tem como foco primário a redução do volume do capacete para reduzir as acelerações angulares no impacto. Utiliza um modelo de amortecimento com 3 camadas de espuma com densidades diferentes, sendo uma delas viscoelástica – esse modelo bio-mimético simula e amplifica a microestrutura da calota craniana, evoluída ao longo de milhões de anos para absorver impactos, mas apenas de um indivíduo correndo com suas pernas, não montado sobre uma moto.

Outro detalhe importante está relacionado com o direcionamento da energia de impacto. Existem regiões da cabeça onde os ossos são mais duros, e portanto há mais capacidade de absorção, levando à necessidade de concentrar os apoios nestes pontos.

O Scage possui um sistema de remoção de queixeira, para se converter de forma modular em um capacete aberto para passeios em velocidade reduzida.